Quero escrever mais do que nunca, mas hoje a minha imaginação não salta para alem daquilo que anseio,e sobre isso não me permito. Disse em conversa que não posso escrever sobre a realidade, corro o risco de se confundir com ficção. Hoje faço um esforço para distinguir a realidade na ficção do que imagino, ou a ficção na realidade do que escrevo.Escreverei...amanhã, talvez amanhã...quando recordar.
Sobre isto, escreveu Carlos Fuentes, abraçando Gabo numa cumplicidade tão simples quanto inatingível:
" A memória é o género que se atreve a dizer o seu próprio nome. A biografia diz-nos: «és o que foste».O romance diz-nos: " és o que imaginas". A confissão diz nos: "és o que fizeste". Mas biografia, confissão ou romance requerem memória, pois a memória, diz Shakespeare, é a guardiã da mente. Uma guardiã, diria eu, que se radica no presente para olhar com uma face o passado e com a outra o futuro. A busca do tempo perdido também é, fatalmente, a busca do tempo desejado. Hoje, no presente deste ano terceiro do segundo milénio depois de Jesus, Gabriel Garcia Marquez rememora. Aos que um dia lhe diram: «foste isto»,«fizeste isto» ou «imaginaste isto», Gabo adianta-se e diz simplesmente: Sou, serei, imaginei. Recordo isto.@ Carlos Fuentes - Gabo, memórias da memória."
Digo eu que não haverá quem diga melhor sobre coisas algumas nem quem tenha atentado tão claramente sobre todas as restantes.
Em tempos disse que o que escrevo é uma coisa o que vivo é outra, pois hoje não estou tão certo, logo, deixo aqui,
Os meus Parabens,
porque recordo
numa memória guardiã,
que lamento apenas por ti,
mas não tens
Sobre isto, escreveu Carlos Fuentes, abraçando Gabo numa cumplicidade tão simples quanto inatingível:
" A memória é o género que se atreve a dizer o seu próprio nome. A biografia diz-nos: «és o que foste».O romance diz-nos: " és o que imaginas". A confissão diz nos: "és o que fizeste". Mas biografia, confissão ou romance requerem memória, pois a memória, diz Shakespeare, é a guardiã da mente. Uma guardiã, diria eu, que se radica no presente para olhar com uma face o passado e com a outra o futuro. A busca do tempo perdido também é, fatalmente, a busca do tempo desejado. Hoje, no presente deste ano terceiro do segundo milénio depois de Jesus, Gabriel Garcia Marquez rememora. Aos que um dia lhe diram: «foste isto»,«fizeste isto» ou «imaginaste isto», Gabo adianta-se e diz simplesmente: Sou, serei, imaginei. Recordo isto.@ Carlos Fuentes - Gabo, memórias da memória."
Digo eu que não haverá quem diga melhor sobre coisas algumas nem quem tenha atentado tão claramente sobre todas as restantes.
Em tempos disse que o que escrevo é uma coisa o que vivo é outra, pois hoje não estou tão certo, logo, deixo aqui,
Os meus Parabens,
porque recordo
numa memória guardiã,
que lamento apenas por ti,
mas não tens
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